Cornelius Van Baerle herdou uma riqueza incalculável depois
da morte do pai. Ele investiu todo esse dinheiro em algo que o fazia feliz: o
cultivo de tulipa. Essa nova paixão pelas tulipas acabou gerando inveja do
vizinho Boxtel, que também era desse ramo e perdeu muitos admiradores,
principalmente, depois que Cornelius conseguiu cultivar uma tulipa negra.
Boxtel passou dias observando a vida do vizinho a fim de
arquitetar uma vingança. Até que um dia viu o tio De Witt entrar na casa de
Cornelius com papéis misteriosos que ficaram guardados lá, eram papéis do
governo, mas Cornelius não abriu o pacote e, portanto, não tinha conhecimento
do conteúdo. Boxtel aproveitou a oportunidade e denunciou Cornelius para a
polícia que foi condenado por ser cúmplice do tio.
Chegando a prisão ele viu o tio De Wit ser decapitado. E,
dias depois, também foi condenado à morte. Ele fez amizade com Rosa, filha do
carcereiro, que ficou responsável por cuidar dos bulbos da tulipa negra após a morte
dele. Ela também ficou encarregada de receber o prêmio da competição por ele,
essa competição acontecia todos os anos e um grande valor em dinheiro era
entregue a quem conseguisse cultivar a tulipa mais bonita e rara.
Livro A Tulipa Negra |
No entanto, Cornelius Van Baerle acabou sendo transferido
para a prisão de outra cidade e se livrou da condenação anterior. Rosa, já
apaixonada, não queria perder contato com Van Baerle, por isso, pediu ao
Príncipe que transferisse o pai dela (carcereiro) para a mesma prisão onde o
amado estava.
Eles continuaram, então, juntos no cultivo das tulipas. Eram
três bulbos, o primeiro foi plantado dentro da cela, o segundo foi plantado por
Rosa no jardim do presídio e o terceiro foi guardado para prevenir algo errado.
Grifo, nome do carcereiro e pai de Rosa, chegou na cela e
viu Van Baerle com o vaso na mão. Ele ficou bravo com o prisioneiro, jogou o
vaso no chão e esmagou o bulbo com os pés.
Boxtel não desistiu de roubar os bulbos da tulipa negra e,
para isso, se apresentou ao carcereiro como Jacob para se aproximar. Rosa logo
percebeu que Jacob e Boxtel eram a mesma pessoa. Para se prevenir, ela retirou
o bulbo do jardim e plantou em um vaso, depois levou para o seu quarto, onde
Boxtel não conseguiria encontrar. Ele floresceu lindo, todo negro, sem nenhuma
mancha, perfeito.
Para receber o prêmio eles escreveram uma carta ao príncipe
contando sobre a tulipa negra. Rosa saiu para entregar a carta a um mensageiro,
nesse momento Boxtel aproveitou para entrar no quarto de Rosa e roubar a
tulipa. Ele foi direto para o local da premiação com o vaso em mãos.
Livro A Tulipa Negra |
Assim que Rosa percebeu o roubo correu atrás de Boxtel.
Chegando lá, ela contou para o príncipe toda história, desde o início, como
tinha conhecido Van Baerle (no dia da execução do tio De Witt), sobre o cultivo
das tulipas (o primeiro bulbo esmagado, o segundo bulbo guardado em seu quarto
e roubado por Boxtel) e para provar tudo isso ela entregou o terceiro bulbo ao
príncipe que estava embrulhado em um papel. Quando o príncipe abriu para
averiguar, viu que o bulbo era verdadeiro e o papel era um bilhete do tio De
Witt que dizia para o sobrinho queimar todos os papéis sem ler.
Por isso, além de receber o prêmio, ficou comprovada a
inocência de Cornelius Van Baerle que foi
solto. Boxtel caiu morto assim que o príncipe anunciou Van Baerle como o
vencedor do concurso. Rosa e Corneliu Van Baerle se casaram e tiveram dois
filhos. Guardaram com carinho o bilhete do tio De Witt e continuaram cultivando
tulipas.
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